O prefeito de Belo Horizontevivo recarga minima， Fuad Noman (PSD)， 77， morreu nesta quarta-feira (26). A informação foi confirmada pela Prefeitura de Belo Horizonte.
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Prefeito Fuad Noman (PSD)， poucos dias após sua reeleição
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Alexandre Rezende - 28.out.24/Folhapress
Em outubro， Fuad havia se tornado o político mais velho a vencer uma eleição para prefeito de Belo Horizonte. Desde o pleito， foi internado ao menos quatro vezes. Ele deixa a esposa， Mônica， dois filhos e quatro netos.
Casa Regularizada - Saque Rápido Igual Raio no PixO velório será na prefeitura da capital mineira， nesta quinta (27)， das 13h às 16h. A cerimônia será aberta ao público. A gestão municipal decretou luto oficial de oito dias.
Fuad é o segundo prefeito de Belo Horizonte a morrer no cargo. O primeiro foi o empresário Américo Rennê Giannetti， que tomou posse em 1951 e morreu em 1954.
Com a morte， o vice-prefeito Álvaro Damião (União Brasil)， que estava como prefeito interino， assume a gestão pelos próximos quatro anos.
fortunetigerEm nota， a Prefeitura de Belo Horizonte lamentou a morte. "Em 2022， assumiu o cargo de prefeito da capital mineira， e desde então conduziu a cidade com serenidade， firmeza e espírito público. Fuad era conhecido por seu trato gentil， sua capacidade de escuta e seu amor por Belo Horizonte. Um homem público íntegro， cuja história se confunde com o desenvolvimento da nossa cidade."
Os familiares de Fuad Noman prestaram homenagem ao político em uma postagem nas redes sociais. O texto foi assinado pela mulher， Mônica Drummond， pelos filhos， noras e netos.
"A maioria das pessoas vai se lembrar do prefeito de suspensórios， do avô carismático que， com coragem e obstinação， comandou Belo Horizonte， cuidou das pessoas e ganhou o carinho， o respeito e a confiança delas"， diz trecho do texto. "Para nós， você sempre será muito mais do que o homem que tanto se dedicou ao trabalho e à vida pública"
Em julho， o prefeito anunciou que havia sido diagnosticado com um linfoma não Hodgkin e começou o tratamento ao mesmo tempo em que além do cargo de prefeito estava em pré-campanha para a reeleição.
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Fuad Noman ao lado de seu vice， Álvaro Damião， logo após votar no segundo turno da eleição
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Junia Garrido - 27.out.24/Divulgação
Em outubro， próximo do segundo turno， ele revelou que havia sido liberado das sessões de quimioterapia e que o câncer estava em remissão.
O médico de Fuad Noman disse que ele privou parte de sua saúde para realizar o sonho da reeleição. Ainda assim， ele evitou afirmar que a campanha eleitoral tenha sido determinante para a piora da doença.
"O período da campanha foi o melhor， ele estava determinado. Ele nunca teve infecção relacionada à campanha， as infecções foram posteriores"， disse Enaldo Melo de Lima， que é coordenador do Hospital de Câncer da Rede Mater Dei.
As complicações decorrentes do tratamento levaram a consecutivas internações de Fuad e o impediram de estar presente na diplomação e na posse， no dia 1º de janeiro. O prefeito participou de forma remota， de máscara， ao lado da esposa.
A medida seguiu uma recomendação médica por causa de sua baixa imunidade.
Fuad aparece em vídeo durante sua posse para o segundo mandato de prefeito de Belo Horizonte
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Cristina Medeiros - 1º.jan.25/Divulgação/CMBH
Coube ao vice-prefeito eleito， Álvaro Damião ler o discurso de posse do prefeito.
"Muita gente tem me perguntado o porquê de estar aqui， um homem de 77 anos disputar uma pesada eleição em vez de curtir os netos， ficar com a família no sítio ou viajar. Nos últimos meses， tive que ser hospitalizado， o que aumentou a curiosidade de amigos. A resposta é muito simples， estou aqui por muito amor a essa cidade e a sua gente."
jogo fortune tigerFuad， um economista e servidor de carreira do Banco Central， também ocupou cargos na Casa Civil da Presidência da República， na segunda gestão Fernando Henrique Cardoso， e em secretarias do governo de Minas Gerais —nas gestões Aécio Neves e Antonio Anastasia— e na Prefeitura de Belo Horizonte.
Elogiado nos bastidores por sua capacidade técnica， assumiu a gestão da capital mineira em 2022， quando o então prefeito Alexandre Kalil (à época no PSD) deixou o cargo para a disputa do governo estadual， em que foi derrotado por Romeu Zema (Novo).
fortune tiger jogoA gestão do economista à frente do município foi marcada pela relação tensa com o Legislativo. A Câmara Municipal chegou a instaurar CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar contratos de serviços da prefeituravivo recarga minima， como o transporte público e a limpeza da lagoa da Pampulha， um dos cartões-postais de Belo Horizonte.