O Brasil é o terceiro maior mercado cervejeiro do mundohorario que o tigre está pagando hoje, atrás apenas de China e Estados Unidos. Consumiu 6,2 bilhões de litros de cerveja em 2023, segundo a consultoria Euromonitor International. Mas, para a multinacional holandesa Heineken, o país é o número 1 entre os 192 mercados em que a companhia atua.
"O Brasil é o maior consumidor da marca Heineken e o maior mercado do grupo em volume", diz Cecília Mondino, principal executiva de marketing da Heineken no Brasil, entrevistada desta quinzena do Arena do Marketing, o videocast da Folha produzido pela TV Folha.
A companhia se tornou a vice-líder em cervejas no país em 2017, depois da aquisição da Brasil Kirin, ficando só atrás da Ambev. Em seu portfólio estão outras grandes marcas como Amstel, Devassa, Kaiser, Schin e Sol.
Apesar da popularidade do produto no Brasil, vender cerveja não é uma tarefa fácil.
jogo do tigreDe acordo com a Euromonitor, o consumo da bebida vem patinando: cresceu 0,9% em volume no país em 2023. No mundo, caiu 0,8%. Para o quinquênio de 2023 a 2028, a estimativa da consultoria é que o consumo avance 14,3% no Brasil, menos da metade do índice observado nos cinco anos anteriores, de 29,2%.
As novas gerações vêm bebendo menos álcool. Daí o interesse do grupo em avançar para novos mercados, como o de refrigerantes –a ideia é melhorar a distribuição da marca Fys neste ano– e o da Heineken 0.0, sem álcool, que já responde por 5% das vendas da marca no país. "É uma cerveja não só para aquele momento em que você não pode beber", afirma. "Queremos que, em vez de um refrigerante ou uma água com gás, o consumidor peça uma Heineken 0.0. É um produto que entra em outras ocasiões de consumo, não canibaliza a venda de cerveja."
A categoria está presente em 61% dos lares do país; em 66% deles, têm homens bebendo cerveja e, 56%, mulheres, diz a executiva, referindo-se a dados da pesquisa NielsenIQ Homescan.
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Foi assim não só com o machismo (o filme que "condenava" namorados por não incluírem as mulheres na diversão quando o assunto era futebol), mas com temas como polarização (desconhecidos com opiniões completamente opostas dividiam uma cerveja enquanto se conheciam melhor), embriaguez ao volante (o piloto de F-1 Max Verstappen ficava sem beber para dar carona aos amigos depois da balada) e até vício em celular.
"Em 2024 criamos a promoção Boring Phone, que sorteou telefones sem acesso à internet ou redes sociais", diz Cecília. Segundo ela, a ideia partiu da observação de pessoas nativas digitais, que estão cansadas da "prisão" do telefone e buscam momentos de desconexão.
"Em vez de a gente falar dos perigos do vício em celular, dissemos: o seu celular é muito interessante. Vamos torná-lo chato, assim você vai descobrir que a sua vida é interessante", afirma. Em parceria com a Bodegahorario que o tigre está pagando hoje, grife de streetwear, a marca promoveu o sorteio do Boring Phone, um aparelho da HMD com a carcaça transparente ao estilo dos iMacs da virada do milênio.